O II Colóquio Internacional de Pesquisa (Auto)biográfica com Crianças e Jovens – CINPAC – tem como tema de debate: “Infâncias e juventudes em espaços escolares e não escolares”. O II CINPAC dá sequência e amplia o debate do I Colóquio Internacional sobre o tema “Raconter l’école en cours de escolarité”, presidido por Martine Lani-Bayle, promovido pelo CREN – Centre de Recherche d’Education de Nantes e realizado na Université de Nantes, em 14 e 15 de novembro de 2013.

Os dois Colóquios se inserem nas ações de dois projetos de pesquisa financiados pela CAPES e o CNPq: “Narrativas infantis: o que contam as crianças sobre as escolas da infância” (MCTI-CNPq| MEC-CAPES|Edital Ciências Humanas, Ciências Sociais e Sociais Aplicadas -07|2011, processo no. 401519-2011-2) e “Narrativas da infância: o que contam as crianças sobre a escola e os professores sobre a infância” (MCTI-CNPq|Edital Universal 14-2014, processo no. 462119|2014-9).

Os estudos que subsidiam os debates, realizados em redes de pesquisa nacional e internacional, se originam nas indagações sobre as lembranças da escola com seus lados agradáveis e traumáticos que surgem nas narrativas de adultos, espontaneamente. O que subsiste em suas histórias de vida são sobretudo as emoções, os vínculos humanos e o que os acompanham, desordens, amizades, exemplos, admirações, o contato com o cenário e objetos da escola, livros, cadernos, que se situam para além do tempo e demais aprendizagens. De que modo as interrogações sobre o sensível e o afetivo que acompanham os processos cognitivos, ou que se impõem a eles, nos ajudariam a pensar a escola e a qualidade de vida, quem sabe a felicidade, nas instituições que acolhem a infância?

Com o apoio do CNPq e da Capes, o GRIFARS-UFRN-CNPq congregou pesquisadores do Brasil, França, Portugal e Colômbia em projetos de cooperação nacional e internacional em torno de um interesse comum: interrogar o sentido que as crianças e professores atribuem a suas experiências escolares e não escolares. O que dizem as crianças sobre a escola? Como refletem sobre as experiências vividas na escola e fora dela? O que nos ensinam em suas narrativas sobre a qualidade de vida, o bem-estar, o mal-estar, a violência, o bem-querer, a amizade, o presente, o passado, o futuro? O que emerge nas memórias dos professores sobre sua infância e como incidem em sua ação profissional presente? O que dizem sobre conviver com as infâncias no seu trajeto profissional? Esses saberes podem nos ajudar a (re)pensar a escola, a formação docente, as políticas educacionais para a infância e a juventude?

O II CINPAC tem por objetivos

1. Por em debate resultados de pesquisas realizadas pelo GRIFARS-UFRN-CNPq em projetos financiados pelo CNPq/CAPES, que investigam narrativas de crianças, de jovens e de professores sobre suas experiências em contextos formais e informais, escolas, hospitais, abrigos, família, destacando interfaces entre educação e saúde;

2. Discutir desafios, questionamentos e tendências no que concerne à epistemologia, teorias, métodos e ética da pesquisa (auto)biográfica com crianças e jovens como sujeitos de direitos, reflexivos, críticos e sensíveis;

3. Congregar pesquisadores que investigam com crianças e jovens saberes da experiência escolar e não escolar, interrogando o sensível, o imaginário, o afetivo que acompanham os processos cognitivos, ou que se impõem a eles, com vistas pensar o bem estar e a qualidade de vida nas instituições que os acolhem.

EIXOS DO II CINPAC

1. Epistemologia e métodos de pesquisa (auto)biográfica com crianças e jovens

2. Infâncias e juventudes em ambiente escolar

3. Infâncias e juventudes em ambiente não escolar

4. Formação de professores: aprendizagens ao longo da vida